21 julho 2009

RUFUS para Adopção


O Rufus é um cão lindíssimo e meigo que está para adopção na Aroeira.


O apelo chegou-me através da dona de outro cão que teve a sorte de encontrar um dono espectacular, e que me pediu ajuda para este menino que é de um amigo dela.Prometi que tudo farei, para encontrar o lar que merece, no entanto pedi, como sempre faço, que o dono me descrevesse o cão.


O Rufus, não tem chip, nem vacinas em dia, é cruzado de Boxer com Rotweiller, não ladra, é asseado, dá-se bem com gatos e num primeiro encontro faz "peito" a outros cães, mas socializa rápidamente.Tem um olho de cada cor, é um excelente animal que nunca ladrou a uma pessoa sequer.Obedece a qualquer pessoa chegando ao ponto de se pôr em pé com as patas nos ombros das pessoas onde deita a cabeça.Escreve o dono:.o RUFUS sempre teve espaço eu vivia numa moradia ...devido a mudanças de vida tive de mudar pra um apartamento e o cão estranhou ao ponto de eu sair de casa e ele ficar infinitamente a chorar ... O meu trabalho obriga por vezes a que eu me ausente durante longos periodos e julgo que em breve serei mesmo "obrigado" a ir trabalhar pra ANGOLA pois por aqui nao tem sido facil . Eu antes tinha uma empregada que estava com ele na minha ausencia ... a vida neste momento já nao me permite tal ...esta é a razao porque preciso com urgencia de adoptantes pra ele ...se for um adoptante de fora dependendo da minha disponibilidade e do local ... é evidente que me deslocarei pois quero tambem o melhor para o rufus . O meu muito, muito obrigado CLAUDIA é mesmo importante pra mim uma possivel adopçao pois é um animal muito carente .




Eu deixo aqui um apelo a todos o que me visitarem, que olhem bem dentro dos olhinhos dele, e caso tenham espaço na vossa vida para o receber, que me deixem um comentário, ou me contactem através do meu e.mail: mysongcallsmehome@hotmail.com


Ajudem o rufus a deixar os dias de solidão para trás.Ele merece! OBRIGADA...

20 julho 2009

Apelo de novos voluntários para o PAAA
















O PAAA (Projecto de Ajuda Alimentar Animal ) tem continuado o seu Objectivo e ate agora já conseguimos distribuir mais de 10 toneladas por mais de 52 associações de todo o pais.
Começamos a efectuar campanhas nas grandes superfícies e temos uma parceria com o grupo Auchan que nos permite efectuar campanhas em vários jumbos do pais.
Já efectuamos este mês de Julho algumas campanhas nomeadamente no Jumbo de Alverca, Santo Tirso, Pão de Açúcar de Faro e Continente de Cascais alem de outras campanhas que ainda vão decorrer.
Precisamos de Voluntários de várias Zonas do Pais que nos permitam continuar a fazer mais e melhores campanhas
Se puder e quiser ser nosso voluntário /a mande-nos um mail com o seu nome e localidade e entraremos em contacto consigo logo que possível.
ajudaalimentaranimal@gmail.com

19 julho 2009

OS 10 MANDAMENTOS DOS ANIMAIS



Os 10 Mandamentos para quem possui um animalzinho em casa:



  • A minha vida deve durar entre 10 e 15 anos. Qualquer separação de você será muito dolorosa para mim.

  • Dê-me algum tempo para entender o que você quer de mim.

  • Tenha confiança em mim. É fundamental para o meu bem-estar.

  • Não fique zangado comigo por muito tempo e não me prenda em nenhum lugar como punição. Você tem o seu trabalho, os seus amigos e as suas diversões. Eu só tenho você!

  • Fale comigo de vez em quando. Mesmo que eu não entenda as suas palavras, compreendo muito bem a sua voz e sinto o que está me dizendo.

  • Esteja certo de que, seja como for que você me trate, isso ficará gravado em mim para sempre.

  • Antes de me bater, lembre-se de que eu tenho dentes que poderiam feri-lo seriamente, mas que eu nunca os usarei contra você.

  • Antes de me censurar por estar sendo preguiçoso ou teimoso, me pergunte se não há alguma coisa me incomodando. Talvez eu não esteja me alimentando bem. Pode ser que eu esteja resfriado, ou é meu coração que está ficando velho e cansado, ou ainda, eu esteja simplesmente precisando de um carinho, um colo.

  • Cuide bem de mim quando eu ficar velho. Você também vai ficar.

  • Não se afaste de mim nos meus momentos difíceis ou dolorosos. Nunca diga "prefiro não ver" ou "faça quando eu não estiver presente". Tudo é mais fácil pra mim, com você ao meu lado.

http://www.freewebs.com/rededeadocao/mandamentosdosanimais.htm

15 julho 2009

CHOCOLATE


O chocolate é muito popular como guloseima para os animais. A maior parte das pessoas adora chocolate e muitos dos cães também. No entanto o chocolate não deve ser dado a animais. O chocolate contem um alcalóide chamado Teobromina. Este é um produto que sendo usado como um diurético , estimulante do coração ou como vasodilatador, pode ser venenoso em excesso. Certamente o cão teria que comer uma quantidade enorme do chocolate para ficar intoxicado, perguntam muitos donos? Não necessariamente.
As doses tóxicos são indicadas em cerca de 100 mg/kg sendo fatais perto das 200 mg/kg. A quantidade de teobromina no chocolate depende do tipo de chocolate. O chocolate de culinária e o chocolate preto amargo contêm entre 15-20 mg/grama visto que o chocolate de leite popular contem somente aproximadamente 1,5 mg/grama. Assim um Pinscher pequeno que pesa somente 2a 4 quilos teria que comer uma quantidade ínfima de chocolate para evidenciar potenciais sinais de envenenamento. Mesmo um cão com o tamanho de um Labrador poderia morrer se comesse 200 gramas de chocolate de culinária . No outro extremo da escala encontra-se o chocolate branco que é menos tóxico.
Quais são os sinais de envenenamento por chocolate?
Dependendo da quantidade comida realmente e do estado de saúde do cão, às vezes nenhum sinal é aparente e o cão será encontrado com uma falha cardíaca. Isto é provável de acontecer em cães mais velhos com problemas cardiacos. Os sinais habituais são :
-Excitação e nervosismo
-Vómitos e diarreia
-Beber muita água
-Espasmo

Que fazer?
Se tiver alguma suspeita que seu cão comeu uma quantidade excessiva do chocolate, contacte o seu médico veterinário sem demora . Como logo os sinais ocorrem? Outra vez, depende em cima da quantidade de teobromina ingerida . Um dos problemas com envenenamento por chocolate é que os sinais demoram a surgir frequentemente por mais de 12 horas. Um outro problema é que a teobromina uma vez absorvida pode às vezes permanecer activa no corpo por sobre 24 horas antes de ser eliminada. A morte na sequência de ingestão de doses fatais de doses fatais ocorre tipicamente aproximadamente 24 horas mais tarde.
Mesmo sem mostrar nenhuns sinais é essencial que o cão esteja mantido sob a observação próxima pelo menos 24 horas para verificação de algum sintoma anómalo.
Os cães são os mais afectados devido a gostarem muito desta guloseima. No entanto os gatos também podem ser afectados por ingestão de chocolate.

13 julho 2009

Antídoto contra o Envenenamento






Caros protetores, e proprietários de animais!
Dr. Marcel Benedeti, deu esta dica de como agir em caso de suspeita de envenenamento de animais.
Quando houver a suspeita, dar água morna salgada ou água oxigenada 10 vol. (uma colher de sopa), que em contato com o estômago vira água morna salgada e faz o animal vomitar e depois dar ATROVERAN (1 gota por kg de peso de 6 em 6 horas), que é o melhor antídoto para venenos como 1080 e chumbinho.Mantenha sempre o Atroveram por perto e transmita ás pessoas que você conhece. Isto pode salvar vidas.Acrescento que o carvão vegetal também ajuda muito em envenenamentos (de humanos também),porque é absorvente.Já existe na farmácia em comprimidos ! AJUDAR É SER CIDADÃO !




12 julho 2009

Campanha de vacinação e colocação de micro-chip no Canil Municipal de Portimão






Está a decorrer no Canil Municipal de Portimão a Campanha anual de Vacinação Anti-Rábica e Colocação de Microchip.

Preços:
Vacina Raiva - 4,40€ (até final de Agosto de 2009, depois passa a 8,80€ até Fevereiro 2010)
Microchip - 12,60€ (até Fevereiro 2010)

A vacinação anti-rábica decorre todas as 3ªfeiras.
A colocação de microchip, todas as 5ªfeiras.
Em ambos os dias, até às 16h30.

Divulguem por favor, vacinem os vossos animais, e identifiquem-nos electronicamente. Aproveitem a viagem para visitarem os "meninos" que lá se encontram, à espera de novos donos. Quem sabe não se apaixonam por algum...?
O que é a raiva?
A raiva é uma doença contagiosa, de caráter agudo, ou seja, quando os sintomas aparecem são de grande intensidade. A Raiva mata e é causada por um vírus (Rhabdovirus) que atinge de maneira letal o sistema nervoso do indivíduo contaminado. Caracteriza-se por perturbações nervosas de origem cerebral e medular, com excitação, depressão, paralisia e finalmente a morte do animal.
Como a Raiva é transmitida? A Raiva é transmitida por meio da saliva dos cães raivosos, que pode já conter os vírus da Raiva até 10 dias antes da manifestação dos primeiros sintomas da doença. Por atacar o sistema nervoso, as mordidas no rosto e braços são muito mais perigosas do que as nas pernas. O período de incubação do vírus após a mordida é de 20 a 60 dias, tanto para o homem quanto para os animais.

Atenção:
A vacina anti-rábica (que é a fornecida pelo CCZ - Centro de Zoonozes) não protege os animais contra outras doenças de maior incidência e igual gravidade como a Cinomose, Parvovirose, Leptospirose, Parainfluenza, Hepatite Infecciosa e Coronavirose, nos cães e Rinotraqueíte, Calicivirose e Panleucopenia, nos gatos. Portanto, é importante manter todas as vacinas em dia.
Verifique a carteirinha de vacinação de seu animal e se informe com o seu Médico Veterinário.
O que é o micro-chip?
Muito eficaz em caso de furtos ou perdas de animais. O microchip tem as dimensões aproximadas de um bago de arroz não constituindo incómodo para o animal.Podem ser colocados em cães, gatos, animais exóticos e aves.
Este chip é colocado de forma indolor com uma agulha lateralmente ao pescoço do animal tornando impossível a sua detecção ( excepto com o uso de um leitor próprio) e remoção.
Existem duas bases de dados presentamente em Portugal.
1-(SIRA) No caso da base de dados do Sindicato dos Médicos Veterinários ( SIRA), aquando do desaparecimento de um animal, efectuada uma comunicação ao Sindicato dos Médicos Veterinários que emite uma circular com o nº do chip e os dados do animal desaparecido a todas as clinicas veterinárias tornando impossível a passagem indetectada do mesmo por uma delas, desde que essa tenha o leitor de chips.
2-(SICAFE) Foi criado pelo Estado o Sistema de Identificação de Caninos e Felinos (SICAFE), que estabelece as exigências em matéria de identificação electrónica de cães e gatos, enquanto animais de companhia, e o seu registo numa base de dados nacionalCom a publicação dos Decretos-Leis n.o 312/2003, 313/2003, 314/2003 e 315/2003, de 17 de Dezembro, e respectivas portarias complementares em fase de publicação, estabelecem-se novas regras para a detenção de animais de companhia, tendo em vista, nomeadamente, reforçar a protecção dos animais, prevenir e combater o seu abandono, controlar a detenção de animais perigosos e potencialmente perigosos e reforçar as medidas sanitárias.Do referido conjunto legislativo, merece-nos particular destaque o Decreto-Lei n.o 313/2003 que cria o Sistema de Identificação de Caninos e Felinos (SICAFE), no âmbito do qual se estabelece a obrigatoriedade de identificação electrónica de cães e gatos e o seu registo numa base de dados nacional, condição que se torna obrigatória, a partir de Julho de 2004, para todos os cães utilizados em acto venatório, entre outros.O método consiste na introdução, sob a pele do animal, de um microchip contendo um código de identificação de leitura óptica, o qual passará a constar de uma base de dados nacional, onde constará também a identificação do seu detentor.

11 julho 2009

Eutanásia Animal


Depois de alguns anos de prática na clínica de pequenos animais, foi-se desenvolvendo em mim uma crescente inquietude acerca deste tema. Sempre achei necessário ter uma posição, uma atitude coerente e sobretudo honesta frente a esta situação onde tantas vezes me vi envolvido. Em muitas destas vezes, o resultado mecanicamente escolhido estava de acordo com os "usos e costumes" social e profissionalmente aceitos. Passaram-se uns tantos anos: acumulei experiência, observei com cuidado e atenção, incorporei informação e atualmente creio poder expressar uma opinião. Antes de tudo, devemos esclarecer o significado da palavra eutanásia, com o propósito de que todos saibam a que nos referimos quando a mencionamos. Pessoalmente acho que é empregada de forma incorreta uma vez que, segundo sua etimologia, significa "boa morte" ou "bem morrer" e o dicionário a define como "morte sem sofrimento". Raramente aquele que a pratica se detém para pensar se está provocando algum tipo de sofrimento em sua vítima. Recordemos, como exemplo, o tristemente difundido uso de miorrelaxantes que, simplesmente, matam por asfixia. Vou tratar apenas da situação limite que ocorre na relação entre paciente, proprietário e médico veterinário, na prática diária da clínica de pequenos animais, excluindo aqui todas as outras circunstâncias, razões e meios pelos quais chega-se a decidir que um ou vários animais devem morrer. A análise das motivações culturais, sociais, sanitárias e econômicas implica em um conhecimento técnico amplo e profundo de cada um desses campos e não me parece prudente tratá-los superficialmente. De todo modo, qualquer que seja o ponto de partida, a meta é a reivindicação de um princípio ético fundamental: o respeito pela vida em todas as suas formas.Da mencionada relação entre paciente, proprietário e médico veterinário, tentarei analisar, primeiro, as diversas atitudes de dois de seus membros. Deste modo, sigo o costume estabelecido em nosso meio: prescindir da opinião do terceiro. Deixarei para o final a observação da situação e a atitude deste terceiro personagem que é, obviamente, o paciente. É imprescindível que o médico veterinário e o proprietário coincidam em sentido afirmativo para que o fato aconteça. Por que o proprietário decide que seu animal deve morrer? -Porque está muito velho, surdo, quase cego e caminha com dificuldade e " ele não pode suportar" vê-lo nestas condições, recordando os momentos felizes que passou vendo-o brincar quando era jovem. -Porque, ainda que seja jovem, "ele não tolera " vê-lo com esse aspecto horrível da enfermidade da pele, crônica e tão rebelde aos tratamentos e que, por outro lado, produz um cheiro tão desagradável, "pobrezinho"(?). -Porque a enfermidade é grave, com poucas possibilidades de ser superada e "ele sofre muito" pensando que, após tanta luta e dor, de qualquer forma seu animalzinho pode morrer. -Porque a situação familiar derivada da preocupação pela enfermidade do animal, "tornou-se insustentável". -Porque, sinceramente, crê que existe uma possibilidade de poupar sofrimentos supostamente inúteis em um animal que ama de verdade. -Porque aceita o conselho do médico veterinário. Os quatro primeiros casos _ cujos argumentos tenho ouvido, quase textualmente, com muita freqüência _ são o resultado de uma atitude absolutamente egoísta, referindo-se à preocupação que o dono tem pelo seu próprio bem-estar e esquecendo de considerar quem de fato necessita. Quem nos deu tantos momentos felizes durante muitos anos, merece que dediquemos alguns meses de esforço e alguma preocupação para ajudá-lo a transitar sem dor pelos últimos momentos de sua vida. O ser que nos orgulhou com sua beleza não merece ser condenado à morte porque momentaneamente não satisfaz às necessidades estéticas de nossa vaidade. Nossa própria dor pelo enfermo que sofre não pode ser contemplada antes da dor do enfermo, porque é ele quem necessita de ajuda. E a situação familiar? Muitas vezes se invoca a presença das crianças, para as quais a situação resultaria uma experiência desagradável. Porque não aproveitar para brindá-las com um exemplo de solidariedade para com aquele que sofre e de amor pela vida? Os motivos expressados nos casos 5 e 6 merecem ser incluídos nas considerações gerais. Seria bom pensar se por trás desse "poupar sofrimento" não se oculta a intenção de livrar-se de um verdadeiro peso ou se o conselho do profissional não é apropriado e oportuno para aliviar um sentimento de culpa pela consumação de um ato que não se poderia levar a cabo sem a presença de um cúmplice. Por que o médico veterinário decide que seu paciente deve morrer? -Porque o considera incurável. -Porque as escassas possibilidades de cura não justificam os esforços de todo tipo que deveriam ser realizados. -Para poupar seu paciente de sofrimentos " supostamente inúteis". -Porque o proprietário pede. O prognóstico de incurabilidade é pronunciado com freqüência de forma muito chamativa, a tal ponto que caberia questionar a utilidade de tantos anos de estudos realizados por veterinários, uma vez que, aparentemente, só são "atendíveis" as enfermidades que não apresentam verdadeira gravidade. Como médico veterinário, devo confessar que o prognóstico de incurabilidade, sobretudo se o diagnóstico vem acompanhado de alguns exames complementares e a sentença é pronunciada em tom acadêmico, é uma saída elegante cheia de vantagens. A saber: Libera da responsabilidade de enfrentar um tratamento com probabilidades de fracassar. Os fracassos, ainda que em casos gravíssimos, sempre provocam certa perda de prestígio. Alivia o esforço de trabalho e dedicação que significa um enfermo grave. No caso da eutanásia ser aceita pelo proprietário (coisa muito provável), acaba-se prontamente com um "caso problema", dispondo-se de mais tempo para as vacinações e casos sem gravidade, que são a fonte mais importante de ingressos fáceis. Pessoalmente, quando, diante de um caso muito grave, me requerem um prognóstico definitivo, costumo responder que só podemos estar seguros daquilo que conhecemos com certeza, porém este tipo de conhecimento certeiro é muito escasso entre os homens. O que conhecemos é ínfimo em relação ao que não conhecemos. Deste modo, ninguém, ninguém em absoluto, pode ter a certeza, a segurança de que um paciente indefectivelmente morrerá. Dito de outra maneira, só poderemos assegurar a incurabilidade de um paciente quando este estiver morto. Todos os milagres são simples evidências de nossa ignorância. Continuo assombrado cada vez que presencio a cura de um caso que, de acordo com o diagnóstico da entidade clínica, perfeitamente realizado, deveria ser considerado como perdido. Da mesma forma, me assombro diante do fatal desenlace de casos que aparentemente estavam bem controlados. Sendo assim, podemos nos perguntar: devemos condenar um animalzinho à morte simplesmente porque ignoramos a forma de curá-lo? Nossa missão como médicos é lutar pela vida do enfermo, tratando sempre de curá-lo ou ao menos aliviá-lo, com todos os meios disponíveis, colocando-nos ao seu lado e não ao lado da enfermidade e da morte. Todo ser vivo tem o direito de ser favorecido pelo "milagre" e não podemos negar-lhe esta oportunidade. Com freqüência, esquece-se de consultar outros profissionais e especialmente evita-se recorrer a outro tipo de medicina não convencional ou a métodos considerados mágicos ou curandeiros, como se o dogma científico fosse mais importante que a vida do paciente. Como podemos trair aquele que nos pede ajuda e confia em nós? O orgulho pessoal, a necessidade de prestígio, consideração e, inclusive, o interesse material, valem mais que a vida e o bem-estar de nosso paciente? Aprofundando um pouco mais, afirmo que os homens, qualquer que seja o grau de autoridade científica, social ou cultural alcançado, não temos o direito de destruir aquilo que somos incapazes de criar e cujo profundo mistério desconhecemos: a vida. Na situação analisada, quando falo de vida, refiro-me especificamente à vida do paciente. Tratarei agora da condição do "terceiro personagem", a quem considero o mais importante. Se ele pudesse falar e lhe perguntássemos sua opinião, o que diria? Se ele pudesse... porém... não pode? Quantos de nós e, quantas vezes, nos detivemos a escutar sua voz?Todos os animais são capazes de fazer-nos saber o que querem, o que sentem, especialmente se convivemos com eles. No caso de animais doentes, esta expressividade conserva-se e até exalta-se em alguns, resultando quase óbvio que, além da expressão e da atitude, cada sintoma é um pedido de ajuda. Além disso, foi observado que os animais são capazes de certo "voluntarismo" com relação a sua vida, tal é o caso de cães que, por terem morrido seus donos, "decidem" morrer também (cada leitor deve conhecer uma história semelhante). Apresento a seguir um episódio arrepiante de sobrevivência voluntária, a mim relatado por uma pessoa próxima dos protagonistas da história, da qual foi testemunha ocular. Tratarei de resumi-lo: Um homem, por razões de trabalho, deve viajar e ausentar-se por um período bastante longo. Seu cão, já velho, permanece em sua casa em companhia da família. Na ausência do dono, o cachorro adoece gravemente e o médico veterinário que o atende prognostica um desenlace fatal em curto prazo, chegando, inclusive, a propor a eutanásia para evitar o que considerava uma agonia inútil. Os familiares preferem não tomar nenhuma decisão sem o consentimento do dono que, ao ser comunicado do fato, decide regressar para casa. Enquanto isso, passam os dias e o cachorro permanece em um estado de estupor comatoso, não come nem bebe, apenas respira. Ninguém, nem mesmo o médico veterinário, consegue explicar como é possível que continue vivendo. Já deveria estar morto. Permanece nessas condições por quase uma semana. Finalmente o dono regressa e o cachorro, que tinha permanecido "inconsciente" todo esse tempo, ao entrar o dono, levanta a cabeça e olha para ele. O dono aproxima-se e, chorando, o acaricia. No momento em que recebe a carícia, o cachorro morre. Como é possível que proprietário e veterinário decidam, às vezes tão superficialmente, o destino de uma vida como esta? Alguém poderia dizer e, de fato tenho ouvido isso muitas vezes, que é "desumano" permitir a dor "inútil" de um cão que nem tem esperanças de salvação. Tenho mencionado a relatividade e subjetividade do conceito de incurabilidade, de modo que agregarei outra afirmação: creio que não existe nenhuma dor física que supere aquela que produz a certeza da morte artificial iminente produzida com a cumplicidade de quem se tem amado tanto. Poucas pessoas ignoram que os cães percebem nossa atitude, ainda que não façamos absolutamente nada, de maneira que é evidente que "sabem" o que vamos fazer e quando começamos a fazê-lo. Quando chamamos nosso cachorro para sair para passear, ele vem imediatamente, porém quando o chamamos para tomar banho (quando não gosta de banho) ele se esconde, ainda que nosso tom de voz possa ser igual. Quando o levamos ao consultório do veterinário, resiste a passar por este lugar, ainda que o caminho seja o mesmo que fazemos para levá-lo à praça. Há ainda muitos outros exemplos. Como podemos pensar, então, que ele não sabe que vamos matá-lo? Ele sabe disso e nenhum sofrimento físico é comparável com a angústia que este fato lhe produz. Quem já olhou nos olhos de um cão neste momento, não esquecerá jamais este olhar. Eu nunca o esquecerei. Como também não esquecerei nunca o último caso de "eutanásia" que cheguei a praticar. Tratava-se de uma cadela com uma encefalite em período depressivo, que encontrava-se em coma havia quarenta e oito horas. Quando, em cumplicidade com o dono, convencidos de que era o melhor, tomamos a nefasta decisão, preparei a seringa e, ao inclinar-me sobre meu paciente para injetá-la, começou a sacudir-se tentando, ainda inconsciente, levantar-se como para escapar. Estou absolutamente convencido de que ela sabia o que eu ia fazer. E, se eles conhecem as nossas intenções, como vamos abandoná-los justamente quando mais necessitam de nós? Não somos capazes de dedicar-lhes alguns dias, horas ou semanas, enquanto eles foram capazes de dedicar-nos toda sua vida? Estou me referindo principalmente aos cães porque é uma das espécies que têm maior contato com o ser humano e, portanto, nos sentimos familiarizados com eles. Todos, absolutamente todos os seres vivos, sofrem a morte e digo "a morte" e não exclusivamente sua própria morte. Como exemplo disso bastaria remeter-se às extraordinárias experiências relatadas no famoso livro A vida secreta das plantas. O único que conhecemos da vida são suas manifestações: uma das principais características observadas na substância viva é sua luta constante pela conservação da vida. Cada célula, cada ser unicelular, cada partícula do protoplasma está lutando para conservar-se viva, para dispor do maior tempo possível para alcançar suas "metas biológicas".Então, este animalzinho que estamos planejando matar, não se sentiria feliz, apesar das dores de uma enfermidade que o está derrotando, em saber que estamos ao seu lado, lutando pela sua vida até o último momento? Cada ser vivo tem seu tempo. Seu tempo para nascer e seu tempo para morrer. Não conhecemos as leis que regem a infinidade de circunstâncias que conduzem ao nascimento de um novo ser, de um ser único, inédito, irreproduzível, e a infinidade de circunstâncias que determinam o final desta vida única e inédita. Matar é apenas isso: matar, destruir a vida. Jamais devemos admitir que a morte artificial, provocada, possa produzir algum benefício. Todo ser vivo tem o direito de viver até seu último instante, de dispor de todo seu tempo e de alcançar "seu próprio fim", sua morte natural e esta é a única, a verdadeira eutanásia. Todo o resto é assassinato. "Não matarás", nos diz um dos Mandamentos, e isto quer dizer também " não matarás em teu coração", que significa a profunda e verdadeira atitude vital de respeito pela maravilhosa Criação na qual estamos incluídos. Em outras palavras, só o amor pode salvar-nos.


(Juan Agustín Gómez Médico veterinário homeopata argentino que reside e clinica há muitos anos no Rio de Janeiro)

09 julho 2009

Maninhas para adopção em Albufeira




Estas 2 maninhas ainda não foram adoptadas, ajudem a encontrar um lar para não irem para a quintinha dos animais onde poucos são os que conseguem encontrar uma familia...elas são amorosas e bricalhonas e ficam pequenas/médias pois são as mais pequenas da ninhada :PEstas meninas estão na zona de Albufeira - Algarve. Obrigada por ajudarem. Contactos para adopção: Inês Francisco - (ines_canelas@hotmail.com) ou carlassvicente@gmail.com

06 julho 2009

Materiais PAAA para Venda- Núcleo Algarve


O PAAA Algarve, encontrou esta forma a angariar €€€ para comprar comida e auxiliar as despesas veterinárias das associações de animais em geral, e partilhar com vocês a possibilidade da divulgação deste fantástico e inédito projecto que é a Ajuda Alimentar Animal.Encomendas através dos mails paaa.algarve@gmail.com ou mgomescorreia28@gmail.com

05 julho 2009

Cachorros para adopção em Faro
















Estes cachorrinhos estão em Faro para serem adoptados.É urgente encontrar donos responsavéis para estes meninos.Caso estejam interessados, por favor enviem os seus pedidos para o sr.Gabriel Martins através do mail: gabrielm_1989hotmail.com , ou então para paaa.algarve@gmail.com






Mesmo que não possam levar estes meninos para casa, divulguem!!!!!!!!












Obrigada...

02 julho 2009

A ILUSÃO DO ABRIGO


Inúmeras vezes tenho ouvido de pessoas que acabaram de recolher um animal da rua dizer : "Ah! Se eu tivesse dinheiro para montar um abrigo!" Fica bem claro, com este sonho, que elas nunca visitaram um, para saber a realidade. Um abrigo começa sempre com as melhores intenções. Se quem o abre tem uma certa dose de "pé no chão", imagina um número-limite de animais a serem abrigados. Mas o objectivo nunca é atingido. Seja porque se condói dos animais abandonados que encontra; ou dos casos tristes que donos contam para deixar a responsabilidade na mão dos outros; ou ainda, daqueles que abandonam na porta, ou jogam animais lá dentro. Em pouco tempo o limite anteriormente fixado é expandido. E quem pensava ter 50 animais vê-se com 100, 200 para alimentar, vacinar, manter limpos, higienizar as instalações, etc. Já ouvi histórias de fortunas perdidas em sonhos de abrigo. Recentemente a de uma senhora que estava sendo obrigada a sacrificar os animais mais idosos e doentes por não poder mantê-los, mesmo em precaríssimas condições. Depois do seu património ter se acabado, passado pela fase de pedir ajuda aos amigos, depois parentes, depois aos desconhecidos, por fim pediu a veterinários e à Protecção Animal para sacrificar os animais aos quais ela sonhou dar uma vida melhor ou salvar da morte nas ruas. Abrigo não é solução, é problema gerado pelo descaso social. Do lado oposto de quem sonha montar um, existe a crença das pessoas em geral de que basta pegar um animal na rua e metê-lo num abrigo para resolver o problema. O que a sociedade não vê, está muito claro para nós que lidamos com o problema 24 horas por dia: em vez de abrigo, dar lar transitório. O animal é tratado, vacinado, esterilizado e doado. E isso, por vezes, demora meses. Como doar tantos animais e os resultantes dos naturais cruzamentos, que nascem aos montes todos os dias? Como achar donos suficientes (e responsáveis) que os adoptem? Informar e educar as pessoas sobre posse responsável e fazê-las compreender que esterilizar cães e gatos (fêmeas e machos) é a única solução possível para o abandono de animais em massa com que convivemos. Mas o que é desesperante é ver ainda veterinários aconselharem donos a deixar seus animais terem a primeira cria para só depois esterilizá-los; donos darem a desculpa de que "esterilizar faz o animal engordar" (é só continuar dando a mesma quantidade de alimento que isso não acontece); desculpa da "falta de dinheiro" (quando a Prefeitura e os grupos da Protecção oferecem cirurgias a baixo custo ou mesmo gratuitas); e da anti-social indústria dos criadores. E estas mesmas pessoas ainda têm cara para dizer que gostam de animais... deixando nascer aqueles que serão doados para qualquer um. Ou que se alimentarão de lixo. Ou morrerão atropelados. Talvez sarnentos, famintos, num abrigo irremediavelmente sem recursos, sem ao menos o carinho de um dono.

Amigo não se compra. Adopta-se!!!!!

(Adaptado de texto brasileiro anónimo )

01 julho 2009

Missão Adopção em Cascais



A Fundação São Francisco de Assis com o apoio da Pedigree missão adopção, informa a todos os amigos dos animais de que no próximo dia 2 de Julho 5ª feira será realizada uma campanha de adopção com cães e gatos no centro de Cascais, Largo Vitória Frente a Junta de Freguesia de Cascais.
Este evento realizar-se-á ao longo de todo o dia e tem como principal objectivo sensibilizar a população em geral para o abandono dos animais, porque como todos sabemos o Verão é a época com mais incidência ...
Estamos certos de que vai ser um sucesso, mas precisamos da sua presença para que se torne uma realidade.
Ajude-nos a ajudar os nossos amigos de quatro patas, eles merecem…

NÃO ABANDONE!!!!!!!!!!




Belíssimo texto.. Para refletir


Encontrei o seu cão...

Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum, não querem um cão. Acho que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o abandonou aqui. Mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava próximo a minha casa... estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata. Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele só para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Queria ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim, à sua procura... Mas eu não era você.

E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.

Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência . Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrar você.

Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida, que havia trazido, fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida.

Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você nem se importou que pudesse acontecer.

Voltei na manhã seguinte e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele.

Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros sem se dar conta.

A uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo sofrimento.
Seu cão morreu.

Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei pelo seu cão, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar no céu que ele merecia. Se você soubesse por quanta coisa ele passou... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado.


( Autor desconhecido- Rádio Globo em 23/07/05 )